Relatório aponta aumento da poluição no Rio Tietê

07/11/2022

O Tietê é o maior rio paulista, com cerca de 1,1 mil quilômetros de extensão, cortando o estado leste a oeste. Infelizmente, a poluição do rio, principalmente na região da capital, é outra característica que chama a atenção – e vem sendo monitorada desde o início dos anos 90, quando a mancha de poluição se estendia por cerca de 500 quilômetros, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica.

No dia 22 de setembro, o Dia do Tietê, um novo relatório de monitoramento foi divulgado e os resultados ainda não trazem motivos para comemorar. De acordo com o estudo Observando o Tietê 2022, a mancha de poluição no trecho do rio Tietê monitorado por voluntários da Fundação SOS Mata Atlântica e equipe técnica da causa Água Limpa cresceu e se estende agora por 122 quilômetros – um aumento de mais de 40% em relação a 2021, quando atingiu 85 quilômetros.

O rio Tietê é dividido em seis unidades de gerenciamento de recursos hídricos, também chamadas de bacias hidrográficas, que são monitoradas por 35 grupos voluntários da SOS Mata Atlântica, entre setembro de 2021 e agosto de 2022, ao longo de 576 quilômetros do rio principal, desde a nascente, em Salesópolis, até a jusante da eclusa do Reservatório de Barra Bonita.

Os dados foram obtidos com a média do Índice de Qualidade da Água (IQA) em 55 pontos de coleta distribuídos por 31 rios da bacia do Tietê. No geral, entre os 55 pontos monitorados em toda a bacia, a qualidade da água foi apontada como boa em sete (12,7%), regular em 34 (61,8%), ruim em 10 (18,2%) e péssima em quatro (7,3%). Não houve registro de água de ótima qualidade, fato que se repete desde 2010. O comparativo, dessa forma, mostra estabilidade entre os resultados deste ano e do anterior, com leve tendência de perda de qualidade.