Postos de saúde de BH recebem medicamentos vencidos ou em desuso

17/09/2018

Enquanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alerta para os riscos do descarte incorreto de medicamentos, a maioria das pessoas de BH não sabe que é possível descartar seus medicamentos vencidos ou em desuso em qualquer posto de saúde da cidade.

Desde 2010, a Lei 2.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, prevê que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de um determinado produto que possa causar danos ao meio ambiente ou à saúde humana devem criar um sistema de recolhimento e destinação final independente dos sistemas públicos de limpeza urbana.

Alguns setores, como o de óleos lubrificantes, já assinaram acordo com o Ministério do Meio Ambiente se comprometendo com a reciclagem das embalagens ou de produtos.

No setor de medicamentos, as negociações ainda estão em andamento e como a população não sabe onde descartar medicamentos vencidos ou inutilizados, a lixeira acaba sendo o destino mais comum.

Apesar de não existir na capital mineira uma lei que determina o descarte, os postos de saúde recebem os medicamentos que estão sendo descartados e tratam de assegurar uma destinação adequada por empresas especializadas na coleta e na incineração desses resíduos.

“A falta de alternativas e de informação faz com que muitos consumidores ainda joguem remédios vencidos ou que não serão mais usados no lixo comum ou na rede de esgoto”, aponta o presidente da Ponto Terra Ronaldo Vasconcellos, que faz um apelo aos consumidores em nota divulgada essa semana na Rádio Web Ponto Terra.

Segundo Vasconcellos, o descarte incorreto de medicamentos gera danos ao Meio Ambiente e pode contaminar a água e o solo.

Escute a notícia na Rádio Web Ponto Terra.