Pesquisa usa lodo para retirar bactérias e antibióticos de efluentes

20/09/2022

O lodo gerado por Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que normalmente é descartado em aterros sanitários, poderá ganhar uma nova e nobre função: auxiliar na limpeza de efluentes, resíduos gerados pelas atividades humanas que são tratados antes de serem lançados nos rios.

A descoberta é de um estudo realizado por pesquisadoras do Instituto de Química (IQ) da Unesp, em Araraquara. Elas reaproveitaram o lodo para produzir um novo material com propriedades magnéticas que se mostrou capaz, em conjunto com peróxido de hidrogênio (água oxigenada) e luz solar, de degradar no laboratório resquícios de antibióticos presentes no efluente da cidade, além de desinfeta-lo removendo coliformes, bactérias e outros compostos orgânicos.

A técnica proposta para o tratamento de efluentes no IQ, que por enquanto foi testada em pequena escala, foi desenvolvida com a colaboração do Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara, que cedeu amostras de lodo e efluente para o estudo. A expectativa das cientistas é de que, futuramente, o novo sistema possa ser implementado na ETE do município.