NASA revela novas evidências do aquecimento global

08/02/2019

Segundo estudo lançado pelo Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, o ano de 2018 foi o quarto mais quente dos últimos 140 anos, período que começaram as medições de temperatura. De acordo com os pesquisadores, 18 dos 19 anos mais quentes já mensurados aconteceram desde 2001.

É importante ressaltar que, quando se fala em aquecimento global, é uma média do quanto a temperatura subiu em todo o planeta desde o início da Revolução Industrial, por volta de 1850. Assim, os extremos de temperatura negativa, como nos EUA, são contabilizados juntamente com os extremos de temperatura máxima, como nas ondas de calor que atingiram a Austrália em janeiro.

Como referência, enquanto a temperatura média global já está cerca de 1ºC acima dos níveis pré-industriais, na cidade de São Paulo e alguns pontos do Nordeste brasileiro e Amazônia, os termômetros demonstram aquecimento médio acima dos 2ºC.

Esse fato demonstra mais uma característica do aquecimento global: ele não é exatamente linear e progressivo. O ano de 2017, por exemplo, foi mais quente do que 2018. Esse número poderia servir de argumento para quem nega o aquecimento, já que os dados mostram que o planeta esfriou em relação ao ano anterior.

No entanto, se olharmos a tendência dos últimos anos, podemos observar uma realidade diferente. “Os cinco anos mais quentes foram, de fato, os últimos cinco anos”, disse Gavin A. Schmidt, diretor do grupo da NASA que conduziu a análise. “Não estamos mais falando sobre uma situação em que o aquecimento global é algo no futuro. Está aqui.”