Multas aplicadas pelo acidente de Brumadinho vão para 7 parques em Minas

09/04/2019

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem (dia 8), durante uma entrevista à GloboNews, que a multa de R$ 250 milhões aplicada à Vale pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por causa do rompimento da barragem em Brumadinho será convertida em investimento em sete parques ecológicos em Minas Gerais.

Segundo Salles, como a companhia pode recorrer e, para evitar uma discussão administrativa, foi proposto à Vale que converta a multa em investimentos em ecoturismo. Para o ministro, o investimento vai proporcionar infraestrutura ao turismo.

“Então é uma grande oportunidade para o estado de Minas Gerais ter um grande investimento nesse montante de R$ 250 milhões, investimento esse que traz não só conservação do meio ambiente, mas justamente a oportunidade de emprego e desenvolvimento de um estado que está muito fragilizado por causa dos problemas da mineração”.

Perguntado sobre a certeza de que os recursos seriam aplicados nas unidades de conservação em vez de, por exemplo, irem para o caixa do Tesouro, Salles disse essa seria a melhor saída para a população.

Ainda segundo ele, a iniciativa será juridicamente discutida, mas adiantou que a Vale e o governador Romeu Zema estão de acordo com a proposta.

“É muito melhor usar o recurso para desenvolvimento do ecoturismo dos sete parques nacionais do que simplesmente recolher a multa e ir para o superávit fiscal”, defendeu o ministro.

O ministro ainda salientou que as sete unidades de conservação, depois de reorganizadas, poderão ser preparadas para uma concessão futura a empresas particulares, como está sendo feito em um parque na Região Sul do Brasil.

No caso de Minas Gerais, de acordo com o ministro, ganha o meio ambiente, a população e o governo mineiro. Salles disse que será montado um grupo que envolva o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a Advocacia-Geral da União (AGU) para acompanhar o processo.

G1