A ilha de Fernando de Noronha tem enfrentado problemas com o lixo. Por mês, em média, são coletadas 220 toneladas de resíduos no arquipélago, porém nos períodos de alta temporada o número alcança 280 toneladas. Ano passado, apenas no período entre o Natal e o Ano Novo foram recolhidos 65 toneladas de lixo.
A coleta seletiva é muito incipiente. A usina de resíduos sólidos local faz, somente, a separação e reciclagem de vidro e de parte do lixo orgânico. O restante é mandado de barco para Recife.
Para tentar diminuir os impactos ambientais que os resíduos causam, até na primeira quinzena de abril, será implantado na ilha uma política de veto à entrada de plástico descartável. Serão proibidos garrafas, copinhos, talheres e sacolas. Multas serão aplicadas para quem descumprir as regras.
Problemas que vem do mar
E não é apenas o lixo produzido em Noronha que preocupa. O que é jogado no mar chega pelas correntes marítimas e ameaça uma das piscinas naturais mais famosas do lugar, o Atalaia.
Ali é possível ver pedaços de microplástico (plástico já em decomposição que diminui de tamanho conforme o tempo) espalhados pela areia e presos nas pedras. Um risco para a flora e fauna da ilha.
Os biólogos e voluntários do ICMBio costumam organizar mutirões para a coleta deste lixo que chega ali, mas não conseguem evitar o problema.