Copa do Mundo FIFA 2018 e Meio Ambiente

26/06/2018

O programa Ecologia e Cidadania dessa semana é com o geógrafo Roberto Messias Franco, que lança um olhar sobre a atuação internacional para as questões ambientais e as estratégias de sustentabilidade da Copa do Mundo FIFA 2018.

Um dos assuntos abordados, foi o lançamento pela ONU de uma campanha de conscientização para acabar com a poluição dos oceanos, adotada por mais de 100 países, a partir de junho, mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Com o tema #AcabeComAPoluiçãoPlástica em parceria com a campanha #MaresLimpos da ONU Meio Ambiente, a intenção é combater o lixo marinho e mobilizar toda a população mundial para o risco que nossos peixes estão correndo. Estima-se que me 2050 o número de plásticos nos oceanos será maior que o número de peixes. A poluição plástica é considerada uma das principais causas atuais de danos ao meio ambiente e à saúde.

Com esse tema em discussão, a FIFA desenvolveu um programa completo de sustentabilidade, abordando pontos como gestão de resíduos, reciclagem e conscientização dos turistas em relação ao cuidado com o meio ambiente.

Para garantir que o planejamento e a entrega da Copa do Mundo 2018 impactem positivamente os participantes e o País sede, uma das ações realizadas pela FIFA – em conjunto com o Comitê Organizador Local da Rússia – foi a criação do documento Estratégia de Sustentabilidade da Copa do Mundo da FIFA 2018.

 Resíduos  X  Torcida

A elaboração foi baseada em experiências de edições anteriores do torneio, além de incluir padrões internacionais.Um dos tópicos abordados na Estratégia de Sustentabilidade é o descarte correto e a reciclagem de resíduos gerados. Além disso, o documento visa promover ações com os torcedores e turistas para que haja conscientização do descarte correto dos resíduos.

Alguns  resultados das ações já  podem ser observados:  depois de japoneses e senegaleses, brasileiros recolhem lixo em estádio após jogo da seleção na Copa da Rússia. Depois da vitória por 2 a 0 da seleção do Brasil sobre a Costa Rica, em São Petersburgo, um grupo de torcedores passou a recolher copos e papéis que se acumularam durante o primeiro triunfo verde-amarelo no Mundial.

As imagens foram divulgadas pelo Movimento Verde Amarelo, grupo que se organizou para torcer na Rússia. Assim como japoneses e senegaleses, os brasileiros usaram grandes sacos de lixo para recolher os objetos arremessados no chão durante a partida.

O ato de cidadania ganhou a atenção ainda em 2014, quando japoneses trataram de limpar a própria bagunça nos estádios da Copa do Mundo realizada em solo brasileiro. Quatro anos mais tarde, japoneses, senegaleses e a torcida brasileira  foram os pioneiros na Rússia.

 Mudanças Climáticas

Outro ponto importante  é o compromisso  estabelecido pelo Comitê para a compensação dos gases de efeito estufa emitidos, com o cálculo das emissões produzidas principalmente pelos trajetos aéreos dos voos internacionais e  domésticos durante o Mundial. Essa compensação deve ser realizada prioritariamente por meio do financiamento de projetos de mitigação de efeitos climáticos em países em desenvolvimento.

“A expectativa é positiva, resta chegarmos ao final do Mundial 2018,  para avaliarmos a concretização da  promessa de mais uma Copa Verde”, pontua Ronaldo Vasconcellos, entrevistador do Ecologia e Cidadania. “Ou ainda melhor, verde e amarela”, brinca.

Clique aqui e acompanhe a rádio web Ponto Terra. O Programa Ecologia e Cidadania vai ao ar todos os dias, às 9h, com reprise às 15  e 21h.

Fonte: Ascom Ponto Terra

 

Roberto Messias (à direita), sendo entrevistado por Ronaldo Vasconcellos, no Programa Ecologia e Cidadania, da Rádio Web Ponto Terra (jun/2018).