Acessibilidade, mobilidade urbana e defesa ambiental por Leonardo Mattos

03/08/2018

Leonardo Mattos, defensor ambiental e dos direitos das pessoas com deficiência e minorias, é o entrevistado da semana no programa Ecologia e Cidadania, que vai ao ar às 9h, com reprise às 15 e 21h, na Rádio Web Ponto Terra.

A principal bandeira defendida por Leonardo Mattos é o direito à acessibilidade, definido pelo Ministério da Saúde como o termo que significa incluir a pessoa com deficiência na participação de atividades como o uso de produtos, serviços e informações. Alguns exemplos são os prédios com rampas de acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para deficientes.

De acordo com o entrevistado, a acessibilidade precisa ser uma preocupação permanente das políticas de mobilidade urbana. Nesse sentido, instrumentos públicos como o Estatuto das Cidades precisam ser questionados e modernizados, em alguns pontos.

“Hoje eu discordaria do Plano Diretor de Belo Horizonte, pois precisamos de melhores instrumentos para o desenvolvimento da cidade e de um Plano que oriente o desenvolvimento de Belo Horizonte garantindo a acessibilidade plena”, comenta.

Como candidato a deputado federal pelo partido Avante, Leonardo Mattos defende ainda a união e a articulação da bancada mineira como premissa para a defesa, em âmbito nacional, dos interesses do Estado de Minas Gerais. “Minas precisa efetivamente se unir e nosso governador se reunir regularmente com a bancada, criando, juntos, estratégias para proteger o nosso meio ambiente e impulsionar a nossa economia”, defende Mattos.

 Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Ao ser questionado pelo entrevistador do programa, Ronaldo Vasconcellos, sobre a sua entrada e atuação na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Mattos apontou algumas das ações as quais irá priorizar na CMADS, caso eleito.

“Meu foco principal serão os rios de Minas Gerais, mas eu considero que tudo em Meio Ambiente é uma cadeia. Não podemos falar em salvar o Rio São Francisco sem proteger também os seus afluentes e sem analisar a extração predatória do minério que protege os nossos reservatórios de água subterrâneos, por exemplo”, avalia o entrevistado, com preocupação.

Segundo Leonardo Mattos, é preciso cuidar das nossas bacias hidrográficas, pois, atualmente, todas estão ameaçadas. “O desenvolvimento do Estado se deu com a destruição dos nossos rios e está na hora de rever esse quadro: aprendermos a desenvolver com sustentabilidade e com a proteção das nossas águas. Isso é uma questão política”, destaca.

Nesse sentido, Mattos pretende fomentar mais estudos e apoio aos profissionais técnicos para o desenvolvimento de soluções de sustentabilidade dos rios.  Além disso, garantir uma participação maior das empresas nacionais e o beneficiamento dos nossos recursos dentro do Estado. O exemplo citado é o da exploração mineral em Minas Gerais, que mesmo tendo um aumento do percentual de contribuição da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), de 2% do lucro líquido para 3,5% do lucro bruto, pode se tornar uma atividade com um ganho muito maior e com menos prejuízos ambientais para o Estado.

Isso, desde que existam instrumentos que a tornem uma atividade não predatória, que ela garanta a proteção das nossas águas e que, por fim, agregue mais valor aos produtos internamente. “Minas deve enriquecer o seu minério ao invés de vendê-lo in natura. Estamos vendendo as nossas riquezas e também as nossas águas. Os efeitos são muito grandes e todos os municípios sofrem com eles”, conclui.

Fonte: Ascom Ponto Terra