Ação em Roraima destrói garimpos na maior terra indígena do país

07/10/2019

Uma fiscalização fechou ao menos 30 garimpos ilegais e retirou centenas de invasores da Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A operação Walopali-Curare XI durou 12 dias e apreendeu equipamentos usados na exploração de ouro e até um helicóptero.

Durante a operação, deflagrada entre os dias 23 de setembro e 3 de outubro, foram destruídas duas pistas de pouso ilegais de abastecimento ao garimpo feitas no meio da floresta. O resultados foram divulgados pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Além disso, dezenas de motores, bombas draga, geradores e equipamentos de sucção utilizados nos garimpos de barranco, chamados localmente de “tatuzão”, foram destruídos para evitar o uso e aproveitamento indevidos.

A operação Walopali ocorreu para que fosse reinstalada uma base de proteção etnoambiental (Bape) no Rio Mucajaí, próximo à fronteira oeste da Terra Indígena Yanomami e ao lado de um bloqueio fluvial do Exército Brasileiro.

O trabalho foi feito pela Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), da Funai. A instalação da Bape foi uma determinação da Justiça Federal a pedido do Ministério Público Federal de Roraima (MPF-RR), em novembro do ano passado.

Estão previstas a instalação de três bases. A medida é considerada fundamental para o combate ao garimpo ilegal e a conservação das comunidades tradicionais na terra yanomami.

G1